26 agosto 2008

Ah, o futuro...

Ultimamente o Orkut tem andado meio piadista.

Frases como: "A estrela da fortuna brilha sobre você", "Você será bem sucedido em tudo que fizer", "Você viajará muito em função do trabalho", "Você se dará bem na expansão dos negócios" começaram a pipocar na minha página inicial como "Sorte do dia".

Vejamos:

Estou semi-desempregada, cheia de contas, semi-desesperada perante a vida-sozinha-na-cidade-grande.

=/

Mas tem um outro lado da moeda que eu não tinha pensado antes.

Essas mudanças são uma boa oprtunidade para que eu refaça meus objetivos e metas.

O Cabelo tinha razão. A gente ouve as coisas pra fazer efeito lááá na frente.

Coisas de "mãe", saca?

Talvez eu não quisesse taaanto aquilo que eu achava que eu queria antes. Talvez eu queira mais, e perceba agora por ver que eu POSSO mais. Nem sei se é "mais". É só diferente. Detalhe tão confuso, pequeno e importante!

Em tempo: Estou participando da pré-seleção do Concurso FURNAS Geração Musical, com o meu novo parceiro musical, o Cabelo - estranho o "novo", porque acho que a gente fez música junto sempre, de outros tempos e vidas.

Cruzem os dedinhos. Pode ser essa a realização das previsões do Orkut.

(Uma linda semana para todos! =D)

03 agosto 2008

Pimentas!

Tem coisas na nossa vida que parece que a gente já nasceu gostando. Porém os desgostos vêm com o tempo, mas mesmo assim parecem fazer parte da gente. Como quando eu decidi aos sete anos de idade que detestava bife de fígado - coisa que não é muito difícil de se compreender, hehe - suco de caju (e não parece uma lavagem de copo sujo?) e abacaxi, essa frutinha que muitos amam, mas não me desperta grandes amores.

Às vezes nos surpreendemos com nossa capacidade de redescobrir gostos, e de reiventar o paladar. Eu descobri que amava pimentão meio por acaso, comendo por educação na casa de uma amiga. Eu devia ter uns oito ou nove anos. E AMO pimentão até hoje.

Mas tem coisas, gostos e hábitos alimentares que nos remetem a um certo lugar, ou a certas pessoas. Como a minha relação com pimenta.

Meu pai sempre foi fanático por pimenta. Desde que eu me conheço por gente sempre tivemos vidros enormes de conserva, com vários tipos de pimenta, das verdes às bem vermelhinhas. Confesso que a via como uma vilã, porque ele tinha problemas no estômago e a pimenta não ajudava muito. E nunca morri de amores.

A entrada de uma pessoinha na minha vida me fez rever esse conceito. A Dona Priscila, minha amiga-cunhada-irmã de coração sempre foi uma doidinha por pimenta, tempero: tudo que é muito forte e condimentado, é com ela mesma! E assim, ao sabor dessa amizade, fui descobrindo os prazeres da pimenta em um prato de comida.

Eu que sempre gostei das coisas tão doces, e dos sabores que cabem muito bem na boca, aprendi que a amizade é capaz sim, de nos tirar do eixo, de experimentar o inusitado e o prazeroso da vida.

Ao lado de outra pimenta, a Bia, fui aumentando minha paixão não só por pimenta, mas por outros temperos e sabores fortes. Assim brinquei com meu paladar ao lado dela, entre comidas e bebidas fortes, temperando minha vida, nessa amizade que veio pra ficar.

Daí a gente percebe que foi tocado, que foi "temperado" também. Foi quando me peguei virando um vidro de molho de pimenta num prato de arroz, feijão e carne. Comida do dia-a-dia, gesto banal, involuntário, que percebi cravado em mim.

Não pude deixar de sorrir. Então não estavam elas ali?

Senti que vida tem muitos sabores. E o doce que ela deixa na boca merece um tempero a mais, uma gota de molho de pimenta.

Sabor sorriso e saudade.

(29/07/07)


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A saudade, companheira constante, pontua minhas palavras, e registra aqui um devaneio passado, mas que ficou.
Permanece no sabor dessa amizade, que iluminou esses dias que estão no fim.

Retorno... =/

(Beijos pra todos, ótima semana!)


: )